As personagens são um elemento essencial na escrita de ficção, seja num livro, num filme ou numa série televisiva. São, sem dúvida a força motriz por trás da história. Através delas, o público experimenta emoções e vive o enredo, explora os temas e as mensagens de uma história. Uma boa história faz-se com boas personagens ou vice-versa? Irmos por este caminho pode gerar alguma polémica e, na realidade, a conclusão não vai ser clara. Assim, foquemo-nos nas personagens!
Acima de tudo, sabemos que construir uma personagem que cative o público exige muito compromisso, pesquisa, envolvimento e criatividade. Não é fácil, e tal como dizia o escritor Thomas Mann, “O escritor é um homem que mais do que qualquer outro tem dificuldade para escrever.”
O poder da personagem
Personagens que cumprem o seu papel são memoráveis, têm tanto de intrigante como de envolvente, são simples e, ao mesmo tempo, complexas. Possuem personalidades distintas, motivações e desejos que influenciam as suas ações e reações aos eventos da história. Podem ser imperfeitos, dinâmicos e multidimensionais.
As personagens são muitas vezes os veículos para explorar temas e ideias maiores. Por meio das suas lutas e experiências, podem incorporar e iluminar questões como amor, perda, poder e moralidade. Neste percurso, as personagens refletem como espelhos as vidas e experiências do público, criando o elo de ligação e a identificação.
Mas o que, efetivamente, pode tornar uma personagem num verdadeiro protagonista da história?
Tornar uma personagem memorável é o objetivo de qualquer escritor, em qualquer contexto da escrita de ficção. Conseguir uma personagem que permanece com o leitor/público muito tempo depois de terminar a história é um objetivo cumprido!
Existem vários fatores para isso. Enumeremos alguns:
Personalidade distinta: Um personagem com personalidade, peculiaridades e traços únicos destaca-se entre as demais.
História de vida convincente: Uma personagem com uma história rica e complexa conquista o leitor/público com mais envolvência. Experiências de vida interessantes, motivações e relacionamentos podem tornar uma personagem mais cativante.
Ações inesperadas: Personagens que realizam ações ousadas ou surpreendentes podem deixar uma impressão duradoura.
Aparência única: Um traço físico único e marcante, um estilo original ou algo que diferencia pode, inclusive, servir como um símbolo ou metáfora para as lutas ou conflitos interiores de uma personagem.
Falhas e vulnerabilidades: Personagens que têm falhas, vulnerabilidades ou fraquezas podem ser gerar mais proximidade e identificação com o leitor/público.
Diálogos estruturados: As personagens com diálogos bem construídos e integrados de modo incisivo na trama são, regra geral, as melhores.
Uma personagem bem pensada e desenvolvida, única e com um certo nível de profundidade, vai conquistar e ter um papel determinante no sucesso da narrativa.
Tipos de personagens
E, agora, sejamos um pouco mais técnicos e falemos, sumariamente e de forma descomplicada, dos tipos de personagem que podem viver numa história:
Protagonista é o personagem principal da obra. A partir da sua experiência e perspetiva, da sua visão da história, conseguimos sentir o enredo. Pode ser um herói (ou anti-herói) e podem ser vários.
Coprotagonista é o segundo personagem mais importante da história. Próximo do protagonista, ajuda a enriquecer a narrativa, explorando o tema central da ficção de maneiras diferentes. Podem também ser vários.
Antagonista é um personagem que está em oposição ao protagonista. Pode representar uma ameaça, obstáculo, dificuldade ou impedimento ao que o protagonista deseja alcançar. Nem sempre existe no contexto ficcional.
Figurante é um personagem que tem apenas um papel ilustrativo, sem relação com o enredo ou nenhum dos personagens. Ele tem a função de ilustrar o ambiente.
Desde o Harry Porter até ao Darth Vader. Entre Scarlett O’Hara e Emma Bovary. Sherlock Holmes ou Poirot?
Digam-nos qual é a sua personagem de ficção preferida? O desafio está lançado!
Na Proficoncept, as personagens têm, sem dúvida, um lugar de destaque, sendo o nosso ambiente o do espetáculo e da expressão artística.
Na formação “Escrita para Ficção”, com Rui Vilhena, vai aprender a desenvolver e a escrever um episódio piloto para televisão. Com Eduarda Laia, vencedora de um Emmy e com uma vasta experiência como guionista, vai explorar a narrativa criativa, a dramaturgia e o storytelling, em "Escrita Criativa e Dramaturgia". João Tordo é cabeça de cartaz na "Escrita Literária" e vai levá-lo numa viagem intimista através do processo criativo da ficção, com relevância para o romance e particular atenção à estrutura de uma obra.
Esperamos por si, na Proficoncept!
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(chamada com custo para a rede móvel nacional)
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