Podem ser histórias, as vidas das personagens e das pessoas que as protagonizam, o “Era uma vez” daqueles que são os mais emblemáticos palcos portugueses. Pode ser a história, a linha do tempo que passa por eles, que os alimenta com os anos e com a experiência e que vai somando pontos à arte cénica em Portugal. Ficará tanto por contar e tanto por revelar nas entrelinhas… O Parque Mayer faz 100 anos e, por isso, façamos um regresso ao passado, sempre com os olhos postos no futuro.
Os 100 anos do Parque Mayer
Há quem lhe chame a “capital da revista” ou a “Broadway lisboeta”. Em 1922, o Parque Mayer abre ao público numa Lisboa cheia de otimismo e com vontade de celebrar, após a I Guerra Mundial e a crise da Gripe Espanhola. Eram tempos de grande entretenimento, onde a diversão não tinha impasses e os espetáculos de variedades agradavam à maioria. Eram os anos 20, os Loucos Anos 20, uma época de prosperidade, de procura do prazer, da vida noturna e da boémia, em nome da renovação artística.
A par do glamour e criação, o maior centro de recreios e de cultura da capital assume-se também como um lugar de crítica política e social. E assim foi crescendo como que um bairro artístico dentro da cidade de Lisboa. A Revista à Portuguesa enche salas, há toda uma comunidade dedicada à arte e cultura que aqui se inspira e se desenvolve.
Sabia que?
Aqui, também se praticavam lutas encenadas, bem ao estilo do que hoje chamamos de wrestling. Havia boxe e combates de luta livre e estes últimos eram, muitas vezes, encenados para empolgar ainda mais o público.
No Diário de Notícias, podemos ler “Cem anos depois, longe vão os tempos do Estado Novo, em que os quatro teatros estavam sempre cheios: o ABC foi demolido em 2015 para dar lugar a um parque de estacionamento, o Variedades está a ser remodelado, o Capitólio reabriu em 2016 e está a ser explorado pela Sons em Trânsito, só o velhinho Maria Vitória continua a ter em cena revistas, graças à tenacidade do empresário Hélder Freire Costa.”
Teatro Maria Vitória (1922)
Teatro Variedades (1926)
Cineteatro Capitólio (1931)
Teatro ABC (1956)
Sim, já lá vai o tempo em que se organizavam excursões por todo país para ir à Revista. Hoje, a realidade é bem diferente, num cenário de abandono e nostalgia, sente-se a saudade da azáfama e alegria. Mas há vontade, motivação para reabilitar o espaço. E até se fala de uma escola de teatro e de artes para reacender toda a dinâmica cultural que este já vivera.
O pódio dos palcos portugueses
E que tal darmos um passeio por outros palcos portugueses? Espaços icónicos do espetáculo, cheios de história, partilhados por gerações de atores, de músicos, de artistas, arriscando pontos de vista, criatividade e momentos de inspiração.
Coliseu do Porto
No mesmo espaço, começou por ser o Salão Jardim Passos Manuel, que contava com uma sala de espetáculos com jardim-esplanada, salão de festas, pavilhão restaurante, music-hall e um pequeno teatro. Só depois, em 1941, é inaugurado o Coliseu do Porto. Reconstruído após ter sofrido um grande incêndio em 1996, que destruiu por completo a caixa de palco e faz graves estragos na sala principal e camarins, este é um dos palcos portugueses mais emblemáticos.
Coliseu dos Recreios
O Coliseu dos Recreios foi inaugurado ainda no século XIX, em 1890. Com uma arquitetura inovadora, onde a cúpula de ferro é o grande destaque, foi sempre uma sala de espetáculos tradicional e com grandes laços afetivos com o público. Tem uma lotação de 2 846 lugares em disposição de plateia sentada ou 5672 em disposição de plateia em pé.
Teatro São Luiz
Também datado do século XIX, o Teatro São Luiz foi inaugurado em 1894. Tem um estilo arquitetónico parisiense e cosmopolita e é, sem dúvida, um dos mais importantes palcos da cultura portuguesa. A caminho dos 130 anos, “assume-se como um teatro da cidade para a cidade, de todos e para todos, procurando ter um olhar atento à cultura portuguesa e às culturas do mundo.”
Devemos ainda elevar a história, beleza e contributos para a cultura portuguesa do Teatro Nacional de São Carlos, do Teatro Nacional São João, do Teatro Nacional D. Maria II e do Politeama, entre outros menos conhecidos do grande público.
Mais contemporâneos, o CCB, o Altice Arena ou a Casa da Música têm também um percurso a enaltecer neste caminho.
E enquanto o espetáculo continua, a Proficoncept mantém-se fiel a si mesma ao considerar a cultura uma das maiores vertentes da identidade de uma sociedade, de um país.
Em formação, estamos focados nas artes cénicas, não descurando toda a necessidade de desenvolvimento pessoal, a par do profissional.
Mas há muito mais para saber no nosso site em https://www.proficoncept.pt/
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